O primeiro conhecido pesquisador russo da América Latina foi o diplomata Gregory Ivanovich Langsdorf (1774-1852).
Grigory Ivanovich (Georg Genrikhovich) nasceu na Alemanha e estudou na Universidade de Medicina. Como o medico do Príncipe de Pfalz, o Langsdorf mudou-se para Portugal, onde aprendeu o Português. Em 1803, o Langsdorff se alistou no navio da primeira navegação ao redor do mundo russo sob o comando de I.F.Kruzenshtern e Y.F.Lisyanskiy. Na primeira metade do século XIX, os russos fizeram 36 viagens marítimas ao redor do mundo.
Após esta navegação Langsdorf viveu na Rússia e tornou-se um bom cientista.
De 1813 a 1818 o Langsdorf foi o diplomata e um cônsul geral da Rússia no Rio de Janeiro. Combinando o serviço com o aprendizado do Brasil, ele passou muito tempo no museu e biblioteca no Rio de Janeiro e depois mandou para Academia de Ciências do São Petersburgo a coleção de materiais sobre os índios brasileiros. Langsdorf comprou uma fazenda nos arredores de Rio de Janeiro que era um centro acadêmico do Brasil, um lugar para encontros dos muitos cientistas europeus e brasileiros.
Depois de volta na Rússia, o conde de Langsdorf organizou uma expedição nas selvas do rio Amazonas, que se financiou pelo Imperador Russo Alexandre I. A expedição foi realizada em várias etapas, de 1821 a 1829 anos. O destino da expedição terminou em tragédia, apesar da conclusão bem sucedida de todas as rotas. Os membros da expedição – os cientistas famosos - foram espalhados pelo mundo e não poderiam participar de um esforço para resumir os resultados deste trabalho. Arquivo da expedição foi perdido nos anos 30’s do século XIX. Nós últimos anos da vida o Langsdorf adoeceu e morou na Alemanha, em Frankfurt, onde morreu em 1852.
Pesquisadores russos no Brasil.
O selo russo (em cima) e o selo brasileiro (abaixo) dedicados ao 170º aniversário da expedição Langsdorf no Brasil
(http://www.philatelia.ru)
A participação de Langsdorff e seus companheiros no estudo do Brasil não foi apreciada por seus contemporâneos. O fato que no início do século XIX aconteceu "grande expedição russa ao Brasil" foi definido por um membro da outra expedição russa ao Brasil, em 1914-1915. G.G. Manizer trabalhou no Museu de Etnografia da Academia de Ciências de São Petersburgo e chamou a atenção para as numerosas exposições marcadas com a firma «Langsdorff». O que significa este firma, ninguém não sabia.
Atualmente, o nome de Langsdorf simboliza o começo de história das relações entre a Rússia e o Brasil. Sobre o primeiro explorador russo do Brasil Langsdorf contam nas universidades de São Paulo, Rio de Janeiro e de Manaus.
O segundo pesquisador proeminente do Brasil, também foi o embaixador russo, Alexander Ioffe. Ele estudou a natureza, os costumes das pessoas e a economia do Brasil. Em seu retorno à Rússia, Ioffe escreveu um três volumes do livro "Na América do Sul" e apresentou aos russos este país distante e misterioso - Brasil. Durante o século XIX poucos estudiosos, marinheiros e viajantes também contaram aos russos sobre o Brasil. Alguns deles assentaram sua vivenda no este continente distante e foram dissolvidas em sua população multifacetada.
A primeira onda de emigração da Rússia na América Latina começou no início do século XX. Hoje, em cada país latino-americano é o lar de centenas de milhares de imigrantes provenientes da Rússia. A primeira parte de russos chegou ao Brasil após a revolução russa de 1905. Refugiados políticos e as famílias dos velhos crentes, que chegaram a São Paulo, receberam uma terra muito longe da cidade e formaram uma nova cidade de Nova Odessa. Muitos não gostaram o interior e começaram a olhar para o sucesso em São Paulo e outras cidades. Na década de século XX a "emigração branca" (após a Guerra Civil na Rússia) aumentou muito a comunidade russa em São Paulo e Rio de Janeiro. Alguns imigrantes que não conseguiram encontrar trabalho nas cidades se mudaram para províncias distantes, e até Amazônia. As crises europeias dos anos trintas impeliram os emigrantes, que não encontravam um trabalho na Europa, incluindo os russos, a buscar a sua sucesso no Brasil. Durante os mesmos anos no Brasil, nas grandes cidades, foram construídas as igrejas ortodoxas russas e organizadas grandes colônias russas.
Cultura russa no Brasil.
Cidade de Nova Odessa (estado de São Paulo), fundada por imigrantes do Império Russo
(http://www.novaodessa.sp.gov.br)
Após a Segunda Guerra Mundial no Brasil chegaram cerca de 40 mil imigrantes da Europa e da China (Harbin, Kuldja), mas para muitos o país era um ponto de trânsito para o reassentamento nos Estados Unidos, Canadá e Austrália. Emigração russa para o Brasil nos anos 50’s excedeu os 100 mil pessoas. Nos anos 80’s o número de imigrantes diminuiu (a União Soviética era um país completamente fechado, e viagem para o país estrangeiro era praticamente impossível).
Agora, o Brasil é o lar de mais de 200.000 pessoas de língua russa. A maior comunidade russa é em São Paulo. No Brasil, assim como na toda a América Latina, tornaram-se nacionais muitos nomes russos, cozinha russa, e muitas ruas nas cidades têm os nomes de famosos escritores, compositores e artistas russos.
Muitos emigrantes se tornaram bem conhecidos engenheiros, cientistas, artistas, poetas não só no Brasil, mas na toda América Latina. Por exemplo, o artista P. Lukyanov, aprendiz de famoso Ivan Aivazovsky, pintou os ícones dos santos na Catedral Principal Católica em São Paulo. O diretor do Observatório Astronômico A. Postoev também conhecido no Brasil. Um dos teatros de drama em São Paulo tem nome de E. Kuznetsov. Uma famosa bailarina russa Maria Oleneva criou a primeira escola de balé clássico no Brasil.
Hoje, um país multiétnico, o Brasil tem alguma impressão da cultura russa. No Brasil, no estado do Paraná, existe a cidade de Prudentopolis, onde falam apenas em ucraniano, então na cidade vizinha de Curitiba, capital do estado, instalou-se a Embaixada da Ucrânia.
Cultura russa no Brasil.
A Igreja Matriz de São Josafat (Prudentopolis, estado de Parana), 1925-1928
(http://www.prudentopolis.pr.gov.br)
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